ACREDITAR

Um diário de alguém que descobriu recentemente que é seropositivo, mas vai acreditar até ao fim que o milagre vai acontecer. Se pelo caminho ajudar a uma só pessoa a evitar ser contaminado ou a suportar melhor o seu convívio com o HIV-SIDA, já vale a pena escrever um pouco da minha história de vida, compartilhar pensamentos, alegrias e sentimentos. Só tenho a certeza de que a esperança é a última a morrer.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

PALAVRAS PARA...


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

DE CABEÇA PERDIDA










Não percas a cabeça. Faz sexo seguro.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

METE ISTO NA TUA CABEÇA

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O ACREDITAR ESTÁ DE VOLTA

O ACREDITAR sofreu uma verdadeira operação de trasladação. Não morreu, não.
Peço desculpa pelo acontecido, mas foi a solução que encontrei para manter a minha identidade secreta. Não que julgue que o melhor para parar a epidemia seja manter os seropositivo apenas como números que se divulgam e não gente de carne e osso que vive, contacta e pertence à população, ao grupo de amigos, de colegas de trabalho, à família, mas o risco de passar a ser encarado e tratado não como uma pessoa, mas como um portador da «peste» ainda é um risco.

Devido à mudança operada pelo alojador deste blog deixei de ficar escondido atrás do nick Positivo e passei a assumir o nick porque sou conhecido na blogosfera. O meu outro blog é visitado por amigos e conhecidos, familiares e colegas de trabalho o que muito rapidamente os conduziria ao ACREDITAR. Pessoalmente tal ocorrência não me traria nada de bom. Receio poder vir a ter problemas no trabalho. Não quero que os meus amigos me passem a olhar com compaixão ou perceber que alguns não são tão amigos como penso que são e sobretudo não seria bom para a minha mãe vir a saber que sou seropositivo. Já tem problemas que bastem com a sua saúde para enfrentar mais uma situação que a iria fazer sofrer ainda mais e não me ajudar nada.

Enquanto achar conveniente pretendo manter esta situação de forma a não me prejudicar nem acrescentar sofrimento a quem não pode fazer nada para me ajudar.

Deu trabalho, mas está concluído e com o mesmo objectivo inicial: alertar os meus leitores para o risco de contraírem o HIV se não tiverem todo o cuidado possível.

Até já!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

BOAS NOVAS

Surpreendentemente ou talvez não as análises ao HIV e à sífilis do meu amigo revelaram-se negativas. Em relação à sífilis era esperado porque regularmente as crises de amigdalite obrigaram-no a tomar antibióticos injectáveis, o que matou a bactéria desde início. Em relação à SIDA não estávamos verdadeiramente à espera que esse fosse o resultado. Eu confesso que sempre tive uma vaga esperança que as notícias fossem as que vieram a ser.
Foi um sentimento estranho. Ficamos ambos felizes, mas ao mesmo tempo com uma sensação estranha. Este facto só veio realçar o meu «azar» se é que lhe posso chamar assim. Andamos os dois pelos mesmos lugares, compartilhamos os mesmos parceiros sexuais, nunca descoramos o preservativo e um foi contaminado pelo HIV e o outro não. Já vos expliquei num post anterior a razão que me levou a ser contaminado. O facto agora revelado só vem provar que estava correcta a minha teoria.
Isto prova mais uma vez que o HIV não se transmite tão facilmente como o vírus da gripe, por exemplo. Depois de eu ter sido contaminado, o que deve ter acontecido em Novembro de 2005, tivemos relações sexuais muitas vezes e ele não foi infectado.
Se pensarem nisto podem verificar como o preservativo é eficiente na prevenção da sida. O virus não se transmite facilmente, pelo que se tivermos cuidado suficiente garantimos quase a 100% a nossa saúde.
Eu fui um verdadeiro azarado.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

COMO SABES?

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

ELE FEZ AS ANÁLISES

Regressei para vos contar que depois de se preparar psicologicamente o meu companheiro foi hoje fazer as devidas análises. Tenho uma vaga esperança de que o resultado venha a ser negativo. Seria óptimo. Ele está convencido que não, mas eu estou medianamente optimista. Lá para o fim da semana saberemos os resultados.
Eu estou bem. A questão da sífilis parece ultrapassada, embora ainda não tenha os resultados da punção lombar. As marcas que me deixou na pele já desapareceram na sua maior parte ou estão a extinguir-se muito lentamente.
Não dá para acreditar, mas o laboratório esqueceu-se de fazer as devidas análises. Fiquei fulo. Cambada de desleixados incompetentes!
Como já vos disse as últimas análises revelaram que a carga viral aumentou ligeiramente e as defesas baixaram mais rapidamente do que desejava. O nível de CD4 já chegou aos 377! Se continuar a baixar a esta velocidade após a próxima análise tenho de iniciar o tratamento.
Entretanto a minha vida sexual quase estagnou. Desde Novembro tive meia dezena de relações sexuais. Podia ser pior. Voltei ao processo manual que me dá agora um duplo prazer: enquanto sinto o gozo do orgasmo e vingo-me matando alguns milhões de criaturas microscópicas que tudo fazem para acabar com a minha vida.

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